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Gestão em cooperativas de crédito: a importância de integrar as dimensões do negócio e associativa

  • Foto do escritor: Douglas Cirilo
    Douglas Cirilo
  • 9 de mai. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 13 de fev.

Tenho pensado na gestão de Cooperativas de Crédito em suas duas dimensões: a primeira é a gestão do negócio, que envolve a entrega de excelentes produtos e serviços e a geração de resultados financeiros; e a segunda, a gestão associativa, essa uma organização mais complexa por envolver a obrigação de entender os interesses e necessidades de seus associados e as comunidades onde atuam.


São essas dimensões que direcionam os gestores ou diretores para determinada prática no cumprimento de tarefas inerentes ao cargo. No entanto, aos gestores ou diretores não caberia selecionar qual das duas ele segue, sendo as duas dimensões conectadas, ambas devem estar em suas práticas.


Certamente cada diretor é responsável por determinadas áreas, mas as suas práticas devem abranger as duas dimensões da gestão. Por exemplo, os diretores de negócios são os principais responsáveis pela geração dos resultados financeiros, mas esses resultados serão de fato cooperativos, se as práticas comerciais levaram em conta a dimensão associativa, entregando para os cooperados produtos e serviços que eles tenham necessidade de forma justa e gerando ganhos coletivos.


Com o expressivo crescimento de nossas Cooperativas de Crédito, chegamos no momento em que é necessária a discussão sobre o papel dos gestores ou diretores no desenvolvimento de uma instituição verdadeiramente coletiva, sob o risco de nos aproximarmos tanto das práticas bancários ao ponto de ser impossível - ou caro demais - corrigir no futuro. Mas como é possível corrigir essa rota?


Neste sentido, quando avaliar os resultados da cooperativa envolva também a avaliação das formas dessa gestão, como os diretores ou gestores atuam, não somente como intermediários entre os conselhos e seus funcionários, mas também quando ajudam (ou não) a criar condições para um associativismo real, mobilizando (ou desvitalizando) sinergias e aprofundando (ou cerceando) as práticas de participação democrática e incluindo nas suas tarefas as questões educacionais, sociais e de desenvolvimento local, ou pelo contrário, se ficam apenas nas tarefas comerciais, administrativas e burocráticas.


Precisamos desenvolver nas cooperativas a gestão de um negócio que seja de fato cooperativo, para isso, os Conselhos devem atuar para avaliar e desenvolver os gestores e diretores nessas práticas. Antes de dizer que "aqui somos todos cooperativistas", devemos considerar que muitas vezes o fato do presidente do Conselho e demais conselheiros terem "sangue verde", não fará que a cultura cooperativista seja incorporada automaticamente na gestão pelos diretores. Para transformar esse cenário, é preciso uma prática intencional e assertiva, que envolve planejamento e aplicação de ferramentas e metodologias adequadas.

Que tal refletir sobre isso?

Comenta aqui: como você avalia essas dimensões na gestão de sua cooperativa?


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